Codeína
Tratamento ou ameaça?



Absorção
Absorvida pelo trato gastrointestinal. [1]
Distribuição
Fígado, Baço e Rins
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Atravessa a barreira hematoencefálica
-
Volume de distribuição aproximadamente 3-6L/kg, o que indica que se distribui pelos tecidos.
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Baixa ligação às proteínas plasmáticas. [1]
Metabolismo
A morfina, a codeína, bem como os seus derivados semi-sintéticos fazem parte dos opióides mais utilizados para o alívio de dores ligeiras a moderadas. São metabolizados no fígado, em que o efeito da primeira passagem diminui a sua biodisponilidade.
As propriedades analgésicas da codeína derivam da conversão a morfina e posteriormente a morfina-6-glucuronido. A O-desmetilação da codeina em morfina pelo CYP2D6 representa a via menos significativa dos metabolizadores extensos (5-15%), contudo, é essencial para a atividade opióide. Esta percentagem pode ser afetada por interações medicamentosas e por metabolizadores ultrarápidos.
A morfina sofre, então, glucuronidação (reação de fase II), transformando-se em morfina-3-glucuronido e morfina-6-glucuronido. Este último apresenta atividade analgésica, enquanto que a morfina-3-glucuronido é inativa [2] [3].
Cerca de 80% da dose administrada é convertida em metabolitos inativos por glucuronidação resultando em codeina-6-glucuronido pela UDP-glucuronosiltransferase (UGT) 2B7, e em norcodeína por N-desmetilação via CYP3A4. [2]
Polimorfismos genéticos destas enzimas podem levar a variações individuais na resposta à terapêutica, resultando na incapacidade de conversão de codeína a morfina, ou potenciando a sensibilidade aos seus efeitos. [4]

Excreção
Aproximadamente 90% da codeína é excretada pelos rins, dos quais 10% são excretados não metabolizados. [5]

[6]
[1]Food and Drug Administration:
http://www.fda.gov/downloads/AdvisoryCommittees/CommitteesMeetingMaterials/PediatricAdvisoryCommittee/UCM343582.pdf (23/05/2014)
[2] Crews KR, Gaedigk A, Dunnenberger HM, Klein TE, Shen DD, Callaghan JT, Kharasch ED, Skaar TC (2012) Clinical Pharmacogenetics Implementation Consortium (CPIC) Guidelines for Codeine Therapy in the Context of Cytochrome P450 2D6 (CYP2D6) Genotype. Clinical Pharmacology & Therapeutics 91(2): 321-326. doi:10.1038/clpt.2011.287
[3] Oliveira A, Carvalho F, Pinho PG, Remião F,Medeiros R,Oliveira RJD (2014) Quantification of morphine and its major metabolites M3G and M6G in antemortem and postmortem samples. Biomedical Chromatography. doi:10.1002/bmc.3158
[4]Golan DE, Tashjian Jr. AH, Armstrong EJ, Armstrong AW (2011)Principles of Pharmacology: The Pathophysiologic Basis of Drug
[5]RxList: http://www.rxlist.com/codeine-sulfate-drug/clinical-pharmacology.htm (23/05/2014)
[6]Brunton L, ChabnerB, Knollman B (2005) Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da Terapêutica. The McGraw-Hill, 10ª edição
[a]Food and Drug Administration:
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Parâmetros farmacocinéticos